segunda-feira, 30 de junho de 2008

Mensagem do Papa aos jovens

Pela ocasião do Congresso Eucarístico Internacional recentemente realizado em Quebec, no Canadá, o Papa Bento XVI escreveu uma mensagem a todos os jovens. Reproduzimos a mensagem publicada pelo L'Ossevatore Romano, o jornal da Santa Sé (www.vatican.va/news_service). Segue a reportagem publicada em L'Osservatore Romano - 28 de Junho de 2008.
Bento XVI enviou uma especial mensagem aos numerosos jovens que participaram no 49º Congresso Eucarístico Internacional celebrado na cidade de Quebec, no Canadá, o qual foi concluído no domingo, 22 de Junho. Na sua mensagem, o Papa convida os jovens a "anunciar sem receio" Cristo que liberta.

Queridos jovens

De Roma, sinto-me feliz por vos saudar e vos garantir a minha oração no momento em que estais reunidos por ocasião do 49º Congresso eucarístico internacional do Quebeque. Alegro-me pela atenção que dedicais ao mistério da Eucaristia, "dom de Deus para a vida do mundo", como ressalta o tema do Congresso. Convido-vos a meditar incessantemente este "grande mistério da fé", como o proclamamos em cada Missa, após a consagração. Em primeiro lugar, na Eucaristia, revivemos o sacrifício do Senhor no ocaso da sua vida, mediante o qual ele salva todos os homens. Permanecemos também próximos dele e recebemos em abundância as graças necessárias para a nossa vida quotidiana e para a nossa salvação. A Eucaristia é por excelência o gesto de amor de Deus por nós. O que há de maior do que oferecer a sua vida por amor? Nisto, Jesus é o modelo da doação total de si, caminho que devemos percorrer no seu seguimento.
A Eucaristia é ainda um modelo de caminho cristão, que deve modelar toda a nossa existência. É Cristo que nos convoca para nos reunir, para constituir a Igreja, seu Corpo no meio do mundo. Para ter acesso às duas mesas da Palavra e do Pão, devemos antes de tudo aceitar o perdão de Deus, este dom que nos eleva no nosso caminho quotidiano, que restaura em nós a imagem divina e nos mostra a que ponto somos amados. Depois, como ao fariseu Simão, no Evangelho de Lucas, Jesus dirige-se incessantemente a nós mediante a Escritura: "Tenho algo para te perguntar" (cf. 7, 20). De facto, todas as palavras da Escritura são para nós uma palavra de vida, que devemos ouvir com muita atenção. De modo particular, o Evangelho constitui o centro da mensagem cristã, a revelação total dos mistérios divinos. E no seu Filho, Deus revelou-nos a sua face de Pai, um rosto de amor, de esperança. Mostrou-nos o caminho da felicidade e da alegria. Durante a consagração, momento particularmente forte da Eucaristia porque revivemos o sacrifício de Cristo, sois chamados a contemplar o Senhor Jesus, como São Tomé: "Meu Senhor e meu Deus" (Jo 20, 28). Após ter recebido a Palavra de Deus, depois de vos terdes alimentado com o seu corpo, deixai-vos transformar interiormente e receber dele a vossa missão. De facto, ele envia-vos ao mundo, para serdes portadores da sua paz e testemunhas da sua mensagem de amor. Não tenhais medo de anunciar Cristo aos jovens da vossa idade. Mostrai-lhes que Cristo não impede o vosso caminho, nem a vossa liberdade; mostrai-lhes, ao contrário, que ele vos dá a vida verdadeira, que vos torna livres para lutar contra o mal e fazer da vossa vida algo de bom.
Não vos esqueçais que a Eucaristia dominical é o encontro amoroso com o Senhor, sem o qual não podemos viver. Quando o reconhecemos ao "partir do pão", como os discípulos de Emaús, tornar-nos-emos um dos seus companheiros. Ele ajudar-nos-á a crescer e a dar o melhor de nós próprios. Recordemo-nos que no pão da Eucaristia, Cristo está real, total e substancialmente presente. Portanto, é no mistério da Eucaristia, na Missa, e durante a adoração silenciosa diante do Santíssimo Sacramento do altar que o conhecemos de modo privilegiado. Com a abertura do nosso ser e de toda a nossa vida, à contemplação de Cristo não seremos destruídos, mas ao contrário, descobriremos que somos infinitamente amados, receberemos o poder do qual temos necessidade para construir as nossas vidas e para tomar decisões na vida quotidiana. Diante do Senhor, no silêncio dos vossos corações, alguns de vós podem sentir-se chamados a segui-lo de modo mais radical no sacerdócio ou na vida consagrada. Não tenhais medo de ouvir a sua chamada e respondei com alegria. Como disse no início do meu Pontificado, de nada priva aqueles que a ele se consagram. Ao contrário, dá-lhes tudo. Ele faz sobressair o que há de molher em cada um de nós, de modo que as nossas vidas possam verdadeiramente florescer.
A vós, queridos jovens e a todos os participantes no Congresso Eucarístico Internacional do Quebeque, envio uma afectuosa Bênção Apostólica.

A Beleza e o Sagrado - Cláudio Pastro

Publicamos hoje a entrevista que o artista Cláudio Pastro concedeu a Alexandre Ribeiro da Agência de Notícias ZENIT em São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 2008 (ZENIT.org). Cláudio Pastro foi o artista que concebeu o nosso vitral do Cordeiro e o painél do Bom Pastor que ainda está para ser intalado, bem como do altar, ambão, pia batismal e sédia do Santuário do Coração de Jesus. Segue a entrevista:

A BELEZA E O SAGRADO, SEGUNDO CLÁUDIO PASTRO

«A perda do sentido de beleza na Igreja Católica (ora romântica, ora muito racional, ora show popularesco) revela-nos a perda do sentido do Sagrado», afirma Cláudio Pastro. Maior nome da arte sacra no Brasil e reconhecido mundialmente (responsável pelo projeto artístico de 300 igrejas, capelas e catedrais no país e no exterior, em 33 anos dedicados à arte sacra), o artista plástico natural de São Paulo conversou com a Agência Zenit sobre o lugar fundamental que a beleza ocupa na Igreja. Cláudio Pastro lançará no próximo semestre o livro «O Deus da Beleza» (Ed. Paulinas), onde amplia as discussões sobre o assunto. A FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado) realizará em São Paulo, em 2009, uma grande exposição do trabalho do artista, intitulada «Arte sacra contemporânea». «A beleza tem um sentido objetivo: “é ou não é”, e independe do meu (subjetivo) parecer, do meu gosto. Assim, podemos afirmar: “gosto não se discute, se educa”», comenta Pastro na entrevista.

--A arte e o cuidado com a beleza na liturgia e na composição dos espaços sagrados são muitas vezes tratados como algo acessório. Mas esses elementos são apenas isso?
--Cláudio Pastro: A arte é a linguagem fundamental de todas as religiões, pois a arte é a única palavra (imagem) universal a todos os homens. Tratar a beleza como algo acessório na liturgia e no espaço sagrado é desconhecer o que é beleza, liturgia e sagrado. Hoje, há uma crise na beleza porque a crise está na religião. A religião não dá pistas, não é referência para o homem contemporâneo, pois vive-se fora e dentro dela com os mesmos princípios e expressões. “A Verdade, o Bem e a Beleza são três lâmpadas ardentes de fogo e uma não vive sem a outra” (Dionísio, o Areopagita, séc. V). No cristianismo, como no judaísmo e no islamismo, “Deus é a Beleza” entendida nessa trilogia, e a beleza (a verdadeira e justa) só aflora, só se manifesta a partir do ser mesmo de Deus. Considerar a arte e a beleza como supérfluos, decorativos, “a mais” é não ir ao fundo d’Aquele que dizemos contemplar. Luxo e moda nada têm a ver com religião. Um exemplo a comentar: participei de uma Missa para comemorar os 15 anos de uma jovem. (Essa não é a função da Missa). O Altar mais parecia um bolo de noiva de tão enfeitado. (Pergunto: o que é o Altar?). Ainda mais, as músicas eram tiradas de “novelas” e a jovem vestia-se como donzela em busca do príncipe encantado. O presidente da celebração (o padre), muito perdido, referia-se exclusivamente à jovem como sendo ela “uma deusa” etc. etc. Sentia-me num programa de calouros de TV. O objeto, o centro da Divina Liturgia desaparece. Havia aí uma evidente mentira. Tudo estava fora de lugar. (Pergunto: o que é Liturgia? O que é o sagrado?). O que determina a beleza é o Único Belo, Aquele que faz a vida bela. Em todas as religiões, o monaquismo, a vida “fechada” nos Mosteiros e sua Liturgia desinteressada têm sido um celeiro de beleza e louvor, uma antecipação da promessa de Paraíso (Eternidade) e, depois, saindo dessa celebração, o crente poderá enfrentar a Babilônia da sociedade. Hoje, sobretudo os Mosteiros cristãos (mais os masculinos) estão em crise também. Arte e religião são elementos gratuitos e celebrativos e não teatro, cenário, comércio... Aqui é bom lembrarmos Gogol (o literato russo): “o diabo também se traveste de beleza”.

--Há uma perda da sensibilidade para a beleza dentro da Igreja Católica e sua liturgia? Por quê? Como tentar revertê-la?
--Cláudio Pastro: Hoje, a perda do sentido de beleza na Igreja Católica (ora romântica, ora muito racional, ora show popularesco) revela-nos a perda do sentido do Sagrado, da identidade religiosa e de unidade (não uniformidade) dentro da próprio Igreja. A sensibilidade estética e epidérmica na Igreja está ao serviço do Belo que tudo e a todos embeleza ou é apenas “beleza por beleza” com outros fins. A beleza tem um sentido objetivo: “é ou não é”, e independe do meu (subjetivo) parecer, do meu gosto. Assim, podemos afirmar: “gosto não se discute, se educa”. O sentido de beleza está intimamente ligado ao sentido de Sagrado. Um não vive sem o outro. E o Sagrado como a beleza se impõe, não dependem da minha pobre sensibilidade psicológica e de meus arranjos. Para o Sagrado se revelar em beleza (verdade, justiça, certeza, prazer, entusiasmo, admiração, estupor, amor... e consequentemente as pessoas desejarem freqüentar a Igreja), há um preço inerente ao ser da religião: só a oração objetiva (cuidado com os devocionismos subjetivos), a ascese, a disciplina, a contemplação, a adoração, a escuta da Palavra, a vida batismal, eucarística e evangélica nos darão discernimento para revelarmos o que somos e fazemos (e isso não só na caridade mas no profissionalismo dos ministérios, na arquitetura, arte etc.). Grande problema da Igreja Católica tem sido a desobriga: se faz por obrigação, por “direito canônico”, com tédio e marasmo. Regra geral, hoje não se faz arte sacra (arte sacra não é arte religiosa). A arte sacra é apenas um nome. A fealdade, a mediocridade, a vulgaridade, o desgosto são hóspedes em muitas de nossas igrejas e capelas, quando aí deveria habitar “a Beleza”, referência para o mundo. A arte sacra como o Sagrado não se definem pelo comércio; arte sacra é o esplendor, a glória do Sagrado entre nós. Quero citar aqui o grande artista cristão, monge dominicano, beatificado pelo Papa João Paulo II, Frá Angélico. Ele nos diz: “para fazermos as coisas do Cristo é preciso pertencer ao Cristo”. O olhar cristão é o olhar do Cristo ou...

--Qual é o papel dos bispos na promoção da beleza e do cuidado com a liturgia e os espaços sagrados?
--Cláudio Pastro: Recentemente eu traduzi e a Ed. Loyola publicou um belo documento da Igreja: a “Via Pulchritudinis” (O Caminho da Beleza). Esse documento é fruto da Assembléia Plenária dos Bispos no Vaticano em 2006. Nele percebemos que a Igreja começa, novamente, a despertar para as manifestações de beleza que ela própria ao longo dos séculos testemunhou pela arte, a beleza do ser cristão e do Cristo, “o mais belo dos filhos dos homens” (Sl 44, 3). O papel dos bispos continua a ser o mesmo em dois mil anos de história: são pastores que zelam com amor pela “Esposa do Amado”. Que a formação do clero e dos fiéis não seja apenas livresca e pastoral, mas íntegra: “corpo, alma e espírito”. Percebo que os próprios bispos, advindos do clero, não são bem formados. Muitas vezes predomina nesse meio o jogo de poder, o carreirismo, os aplausos... mais que o próprio ministério, isto é, o serviço. Em toda Igreja, hoje, sente-se a falta de espiritualidade (que não é devocionismo) que forma o ser cristão por inteiro. Assim, podemos afirmar a beleza da liturgia e dos espaços sagrados não é acessório da última hora, para produzir efeitos, nem tão pouco fruto de especialistas em luz, som, técnica, arquitetura, arte simplesmente, e menos ainda de mercado e moda, mas o resultado da acolhida do Espírito da Beleza, o desabrochar de uma vida verdadeira.

domingo, 29 de junho de 2008

Encontro de Formação de Catequistas

No sábado, dia 28/06 os catequistas de nossa paróquia tiveram uma tarde (das 2-6) de formação com a Irmã Marlene Bertoldi, coordenadora da Pastoral Catequética de nossa Arquidiocese. Irmã Marlene é o exemplo de uma vida inteira dedicada a Jesus e ao ministério da catequese. Dos 80 catequista 57 compareceram e com certeza aproveitaram muito. Obrigado Irmã Marlene. Obrigado a coordenação paroquial de catequese.




sábado, 28 de junho de 2008

A Ternura

A TERNURA
Pierre Talec
do livro: Les Choses de la Foi

A ternura de Deus não conhece o respeito humano. Ela se sente à vontade no coração da ternura dos homens, do jeito que elas são. Neste sentido, uma manifestação bastante curiosa. Cristo ressuscitado aparece em primeiro lugar aquelas que souberam amar com seu coração. As mulheres . Sim. É interessante verificar que não foi primeiro aos apóstolos que o Cristo ressuscitado apareceu, mas a Madalena e a suas companheiras que irão, como profetas do amor, anunciar aos discípulos a grande novidade. Isto não quer dizer que os homens não saibam amar com seu coração e que a ternura seja fraqueza, apanágio das mulheres. Se as mulheres, aparentemente, têm maior necessidade de ternura, talvez seja porque elas sabem melhor vivê-la!

A ternura é o amor que sabe dar, é o amor que sabe receber, eis a admirável troca.

A ternura não se deixa fechar numa definição. Se alguém lhe pedisse para definir o que é a brisa de uma manhã de verão, que diria? Um sussurro? Uma carícia? Veja bem que isso não é definição. Se tivesse de falar da inconsciente beleza das ilhas, que não sabem ser rainhas da terra e do mar, que diria? E o passo abafado da mãe e do pai que entram no quarto do filho que dorme? Eis a ternura. Este respeito do amor às cousas que só tocamos com os olhos. Eis a ternura. A ternura é inferior ao amor, como a poesia está dentro das cousas. Ela é a doçura do amor, limpidez, uma pontinha. Não é qualidade extrínseca, acrescentada; ela é amor.

Então conceda a você mesmo um óbulo de ternura. Coloque dois tostões de ternura em sua relação com os outros e descobrirá que a fidelidade aos mandamentos que pode parecer fria, não é somente conformidade a uma lei que deve ser aplicada, mas a expansão da liberdade do coração que encontra as verdadeiras atitudes do amor.

Coloque dois tostões de ternura na sua relação com Deus e descobrirá melhor que a fé é um diálogo de amor. “Aquele que me ama também eu o amarei e me manifestarei a ele”. Eis uma verdadeira declaração de amor que Deus faz a cada um de nós. Ele diz: “Eu te amo”. Não é maravilhoso que Deus diga o que o próprio homem diz, quando não pode dizer mais? Quando a gente diz: “Eu te amo”, do fundo do coração, as palavras ficam presas no fundo da garganta. A ternura é balbucio. Melhor, é silencioso desejo do amor.

Então, finalmente, coloque uma quantidade de ternura em sua oração e você, que talvez pensasse que não sabia mais rezar, nem gostasse de rezar, descobrirá que com um pouco de ternura, a gente reza como canta ao longo do dia uma canção querida, mas cujas palavras não são bem conhecidas e de cuja ária não nos lembramos bem e que vamos recompondo em tom maior, em menor, conforme os dias, conforme as horas.

A ternura é o gênio do amor, ela sempre improvisa. É ela que dá aos silêncios entre as pessoas o peso das comunicações intuitivas.

É ela que dá às palavras entre as pessoas a justeza do diálogo do amor.

É ela que dá aos gestos entre pessoas a inteligência do inédito.

Vivamos na inteligência do amor. Façamos esta experiência do amor. Quem sabe Deus cante em nosso coração: “Não fale muito de amor... mas diga-me, ao menos, de vez em quando, cousas ternas”!

A Lenda do Amor

A todos os nossos catequistas que se dedicam com zelo, amor, criatividade e doação de si. Agradecemos imensamente. Aproveitem!

A LENDA DO AMOR

Era uma vez o amor... O amor morava numa casa assoalhada de estrelas. E toda enfeitada de sóis. Mas não havia luz na casa do amor, Porque a luz é o próprio amor.

Uma vez o amor queira uma casa mais linda para si.
- Que estranha mania essa do amor!
E fez a terra,e na terra fez a carne, e na carne soprou a vida, e na vida imprimiu a imagem da sua semelhança. E a chamou de homem.

E dentro do peito do homem o amor construiu a sua casa, pequenina, mas palpitante, inquieta, insatisfeita como o próprio amor. E o amor foi morar no coração do homem e coube todinho lá dentro porque o coração do homem foi feito do Infinito.

Uma vez... O homem ficou com inveja do amor. Queria para si a casa do amor, só para si. Queria para si a felicidade do amor, como se o amor pudesse viver só. E o homem sentiu a fome torturante. E comeu!...

O amor foi-se embora do coração do homem. O homem começou a encher seu coração: encheu-o com todas as riquezas da terra, e ainda ficou vazio. E o homem, triste, derramou suor para ganhar a comida (ele sempre tinha fome). E continuava com o coração vazio

E uma vez... Resolveu repartir o seu coração inútil com as criaturas da terra. O amor soube... Vestiu-se de carne e veio também receber o coração do homem.

Mas o homem reconheceu o amor e o pregou na Cruz. E continuou a derramar o suor para ganhar comida. O amor teve uma idéia. Vestiu-se de comida, se disfarçou de pão e ficou quietinho... Quando o homem faminto ingeriu a comida o amor voltou à sua casa, no coração do homem. E o coração do homem novamente se encheu de plenitude.

(autor desconhecido. Se você conhece quem é o autor deste texto, por favor nos informe)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Encontro da Catequese no Muquém

Hoje publicamos, com certo atraso, os encontros que marcaram a Catequese da Igreja Santa Paulina no Muquém neste semestre. Os encontros aconteceram no dia 18/05 e se distribuiram ao longo do dia: o encontro de todas crianças da Catequese Eucarística na parte da manhã, com todos os jovens do Catecumenato Crismal na parte da tarde, e com os pais dos catequizandos na parte da noite, finalizando com a missa. Abaixo podemos visualizar alguns momentos do encontro com as crianças da Catequese Eucarística.







quarta-feira, 25 de junho de 2008

Contemplando o Coração do Senhor

(icone: Santíssima Trindade, Cláudio Pastro)

O Pe. Raul Paiva, SJ preparou há algum tempo este roteiro de oração tirado do livro dos Exercícios Espirituais que mostra como Santo Inácio conduzia o retirante a contemplar o coração do Senhor. Ao se colocar em oração prepare um lugar, ascenda uma vela, marque um tempo para iniciar e para acabar, tranquilize-se, respire profundamente algumas vezes, leia o roteiro todo, considere a história, o local, e peça a graça desejada. Calmamente vá refletindo e contemplando cada ponto. Ao final faça o colóquio com o Senhor como um amigo fala ao outro amigo. Termainada a oração, sugiro que anote aquilo que mais lhe marcou neste momento com o Senhor. Segue abaixo o roteiro do Pe. Paiva. Os números entre colchetes referem ao parágrafo do texto dos Exercícios Espirituais.

1º Preâmbulo, a história: aqui será como, ao longo dos Exercícios, Inácio nos leva a contemplar o amor encarnado de Nosso Senhor Jesus Cristo, cujo símbolo natural é o Sagrado Coração. Como escreveu Pe. Arrupe: O símbolo natural do amor é o Coração. Daqui se segue que o símbolo natural do amor de Cristo é o seu Coração, representando e inspirando nossa espiritualidade, levando-nos à fonte do amor humano e divino de Jesus Cristo.

2º preâmbulo, ver o lugar: considerar o caminho se amplo, se extenso, se de um jeito ou de outro [202].

3º preâmbulo, pedir o que quero: conhecimento interno do Senhor que por mim se fez homem, para que mais o ame e siga [104].

PONTOS:
(no Princípio e Fundamento): De tal modo o Criador me ama com amor eterno que me faz existir! Por isso, reconhecimento e gratidão pelo que Ele me dá ser e fazer, para que eu o louve, reverencie e sirva!
(na Primeira Semana):Como de Criador se fez homem e como da vida eterna chegou à morte temporal e assim morreu por meus pecados [53]: Crucificado, ele está diante de mim, para que minha ingratidão e pecados não me façam cair no inferno!

(na Segunda Semana): Olhar e considerar o que fazem, como caminhar e trabalhar, para que o Senhor nasça na maior pobreza e, depois de tantos trabalhos, passando fome e sede, calor e frio, injúrias e afrontas, morra na Cruz. E tudo isto por mim. Em seguida, refletir sobre mim mesmo para tirar algum proveito espiritual [116].

(na Terceira Semana): Considerar como Nosso Senhor padece na humanidade, ou que quer padecer [195]. Com São João, olhar aquele que transpassaram, vendo o Peito aberto, o Coração manifesto, o Amor-até-o-fim revelado - até a última gota de sangue e de água! (Jo 19,33-37).

(na Quarta Semana): Deu-lhes a comer parte de um peixe assado e um favo de mel. Confiou as ovelhas a São Pedro, mas, antes, perguntou-lhe três vezes sobre a caridade, e lhe disse: “Pastoreia as minhas ovelhas” [306]. E enviou-os a pregar pelo mundo todo, dizendo: “Ide e ensinai a todas as gentes, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

Colóquio: como um amigo fala a seu amigo [53], recordar os benefícios recebidos pela Criação, Redenção e dons particulares, ponderando, com muito afeto quanto Deus nosso Senhor tem feito por mim (...) Daí refletir em mim mesmo, considerando com muita razão e justiça o que devo oferecer e dar de minha parte a sua divina Majestade, nesta altura da minha vida [234]. PAI NOSSO...

Revisão: Examinarei como me saí na contemplação ou meditação. Se mal, verei a causa de onde procede, e, quando a descobri, vou arrepender-me a fim de corrigir-me para o futuro. Se bem, agradecerei a Deus nosso Senhor. Procederei do mesmo modo da próxima vez [77].

Meditação sobre o amor de Deus

Meditação sobre o Amor de Deus
São Bernardo (1090-1153)

Quereis saber como se deve amar a Deus? Respondo: O motivo do amor a Deus é o próprio Deus e a medida de amá-lo é amá-lo sem medida.

Não amamos a Deus sem sermos recompensados embora não devamos amá-lo pensando em recompensa.O verdadeiro amor não é sem proveito, mas também não é mercenário pois não procura seus próprios interesses. É um movimento do coração, não é um contrato.Não se pode comprá-lo ou adquiri-lo, por meio de um mercado. É espontâneo e nos torna espontâneos como ele. Se alguém ama o outro, subordinando-o, é a si mesmo que ele ama, não ao outro.

No primeiro grau do amor, o homem se ama para si mesmo. Ele é carne e nada sabe julgar fora da carne. Depois, quando começa a perceber que não pode bastar-se a si mesmo, começa a procurar a Deus, pela fé e pelo amor, como um auxílio que lhe é necessário.No segundo grau, o ser humano ama a Deus, mas para si, não ainda por ele. Pouco a pouco, a familiaridade que vai adquirindo e que lhe revela quanto Deus é suave, o faz passar para o terceiro grau, que é amar a Deus, não para si, mas por ele mesmo.

Normalmente,
o homem pára neste estágio. Não sei se haverá alguém, sobre a terra que atinja perfeitamente o quarto grau,em que o homem não se ama a si mesmo a não ser por Deus. Se alguém já o experimentou, que o diga. Para mim, confesso, isto até agora me foi impossível. Mas não duvido que este será nosso quinhão na eternidade.

O Mar, dom de Deus

O Mar, um grande dom de Deus, é o grande atrativo desta localidade. De suas águas límpidas e claras muitas pessoas tiram o seu sustento, de suas águas agitadas, muitos jovens praticam espostes, de suas águas revigorantes muitas pessoas descansam e se refazem. Publicamos hoje uma vista o mar de Ingleses, um local privilegiado para o encontro com o Senhor. Faça esta experiência e reze um pouco junto ao mar.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Um Coração que muito amou...

Um Coração que muito amou

(O Coração de Jesus - Ir. Venzo, SJ)

Ainda na espiritualidade do Coração de Jesus, padroeiro de nossa paróquia, apresenrtamos a seguir um roteiro de oração preparado pela Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ, que trabalha orientando retiros no Centro de Espiritualidade Inaciana de Itaici. Uma boa oração.

a) Procure um lugar calmo e tranqüilo, que favoreça o seu momento de oração. Acalme-se... Respire lenta e profundamente algumas vezes. Vista “o seu coração”, isto é, prepare o seu coração e coloque-se a caminho para o encontro profundo com o Senhor. Invoque o Espírito Santo para que Ele ilumine e conduza este seu encontro.
b) Faça, hoje, sua experiência de oração num lugar muito especial – no Coração de Jesus, aberto pela lança. Este lugar é por assim dizer o “novo templo”, o “novo santuário” da presença de Deus. Entre como você é, com a sua verdade, com toda a confiança... sem medo... a porta está aberta... Sinta o calor e o carinho do abraço acolhedor deste Coração que tanto ama. Se entregue... não coloque resistências... Ele é paz, amor, misericórdia, perdão.

Graça a pedir: - Um coração simples, reto, transparente, sem dobras, sem maldade, que cada dia vá ficando mais parecido com o Coração de Cristo.

Textos para oração: Jo 19, 33-34; MT 11, 28-30.
Leia pausadamente os textos.

1º Ponto:
“Um soldado abriu-lhe o lado com um golpe de lança. Imediatamente jorrou sangue e água.”
O Coração de Jesus é um coração que ama, que se abre aos outros, que acolhe. Na Bíblia a palavra “coração” é a que mais aparece: 834 vezes. A palavra coração designa, mais do que sentimentos, a sede das opções, das decisões, das avaliações.
O coração é o centro da vida afetiva (o coração geme, alegra-se)... é do coração que parte o amor, a capacidade de amar, por isso dizemos que Deus é amor. O coração é o símbolo do amor, da interioridade... O coração de Jesus transpassado é o símbolo máximo do amor que se dá, se entrega é a imagem perfeita de Deus que é amor.
Aí bem juntinho do Coração de Jesus, sinta como Ele pulsa e por quem Ele pulsa... Vai contemplando cada gesto, cada atitude, cada palavra, cada um dos mistérios de sua vida terrestre. Jesus fez questão de revelar-nos a qualidade do seu amor.

“Mas vós quereis que a verdade esteja em mim e a sabedoria me ensinais na intimidade” ( Sl 50/51 ).

2º Ponto:
“Venham para mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhes darei descanso... e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração...”
Jesus deseja aliviar a emoção do peso das mágoas... dos rancores... do ódio... dos complexos de inferioridade... dos sentimentos de culpa. Coloque para Jesus os fardos que você carrega... Aquilo que pesa... Converse com Ele ... Ele pode aliviar e ajudar você a carregar. Ele veio para nos ensinar a amar... a perdoar... Ele veio para que todos tenham vida e a tenham plenamente e não pedacinhos de vida.
Jesus tem um coração manso e humilde. Ele viveu conflitos, dificuldades, mas enfrentou-os com a disposição de coração que caracteriza os “mansos”. Enfrentou a força do mal, não fugiu para longe do mundo e dos problemas das pessoas. Jesus tem um coração manso porque se fez pequeno, escolheu o último lugar, pôs-se a serviço das pessoas e assumiu a atitude de escravo. Este é o jugo que ele propõe para os seus discípulos.
Mansa é a pessoa reta, justa, que embora ciente de seus limites, não se exalta, não se enfurece e não agride.
No Coração de Jesus não há lugar para os soberbos, para a empáfia, inveja, opressão, mando, auto-suficiência...
Aproveite este momento para confrontar com Jesus sua vida... a quantas andam sua humildade e mansidão... Suplique algumas vezes: “Jesus manso e humilde de coração fazei meu coração semelhante ao vosso”.
Recorde “saboreando internamente” as palavras ... as frases... procurando escutar o que Jesus lhe fala ao coração. Expresse ao Senhor também este desejo:
Senhor Jesus, concede-me por tua bondade, misericórdia e compaixão um coração manso e humilde parecido com o teu. Acolha-me na tua escola para que eu aprenda contigo a amar, a ser bondoso/a, a perdoar de coração, a não ser surdo/a ao grito dos irmãos, a construir a paz, a ter uma palavra de ânimo e incentivo aos tristes e desanimados, a cantar sempre as tuas maravilhas, mesmo que faça escuro em meu caminho. Amém.

c) Terminada a oração, faça o seu agradecimento e louvor ao Coração de Jesus pelos momentos passados em sua companhia, no seu Coração, pelas iluminações, luzes e graças experimentadas nesta oração e conclua rezando o Pai-Nosso.

Ainda Sobre o Congresso Eucarístico Internacional

Importante perceber e compreender o que as imagens nos falam. O Congresso Eucarístico Internacional apresentou uma "Arca da Nova Aliança" que servia como suporte do enorme ostensório. Na arca estão escritos alguns ícones sobre a vida de Cristo. Melhor que longos discursos, os ícones aos pés da hóstia consagrada nos dizem que só é possível compreender o mistério eucarístico tendo presente a vida do nosso Salvador. Abaixo publicamos a foto com o grande ostensório sobre a "Arca da Nova Aliança" e alguns dos ícones que estão escrito ao seu redor. Convidamos você a refletir sobre o mistério que cada ícone descreve e sua relação com a Eucaristia. Maiores informações sobre o Congresso visiteo site (em Espanhol, Inglês e Francês): http://www.cei2008.ca/en/accueil



Os Discípulos de Emaús

A Multiplicação dos Pães e dos Peixes

A Última Ceia

Maria aos Pés da Cruz

A Paixão e Morte de Jesus na Cruz

A Ressurreição

O Lava-pés

domingo, 22 de junho de 2008

Congresso Eucarístico Internacional - 2008


Em sintonia com toda a Igreja Católica Romana reunida em Quebec, no Canadá, para o Congrasso Eucarístico Internacional, nossa paróquia também celebrou uma missa, no dia 19/06, quinta-feira, lembrando especialmecialmente este grande dom de Deus que é a Santíssima Eucaristia. O Congresso Eucarístico Internacional aconteceu entre os dias 15 e 22 de junho e teve o lema: A Eucaristia, dom de Deus para a vida no mundo. Nossa equipe de liturgia preparou inclusive uma tradução do hino tema do congresso: "Le pain et le vin de chaque eucharistie deviennent entre nos mains don de Dieu pour la vie... la vie du monde !" (O pão e o vinho de cada Eucaristia torna-se em nossas mãos dom de Deus para a vida... a vida do mundo) Abaixo apresentamos alguns flashes desta celebração presidida pelo nosso pároco, Pe. Vânio e concelebrada pelos nossos dois diáconos Jorge e Ricardo.








quarta-feira, 18 de junho de 2008

Festa Junina da 3º Idade

Hoje pela tarde o Grupo Esperança, dos idosos de nossa paróquia realizou com muita alegria, comida típica, dança da quadrilha, e até casamento na roça, sua festa junina. As festas juninas tradicionalmente lembram Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo. No Brasil, as festas juninas já são parte da tradição popular e variam de região para região. Porém sempre há muita alegria, união das comunidade e das famílias para comerem algo típico como: canjica, pipoca, tangerina, paçoca, pé de moleque, bolo de fubá, amendoim torrado, e tomar quentão. Não poderia faltar a dança e um pulo sobre a fogueira. Viva os nossos santos de junho! Viva o grupo Esperança, que tanta vida traz aos nossos idosos.









terça-feira, 17 de junho de 2008

Lembramos também os Ícones Sagrados

Continuamos a lembrar outros fatos que marcaram estas semanas a vida paroquial. Agora lembramos a exposição de ícones sagrados da iconógrafa Rosalva Rigo promovida pela nossa paróquia. Após serem expostos no Santuário do Coração de Jesus, os ícones foram expostos na Igreja Nossa Senhora do Parto, entre os dias 02 a 04/06, no centro de Florianópolis afim de que mais pessoas, principalente aquelas que moram e circulam pelo centro de nossa cidade pudessem apreciar e aprender sobre esta arte sagrada, que é, por exelência, a representação artística do sagrado. Agradecemos à comunidade Divino Oleiro, responsável pela pastoral na Igreja do Parto e especialmente agradecemos a Dom José Negri, que presidiu a santa missa, abrindo assim a exposição no centro. A iconógrafa, sra. Rosalva, deu palestras sobre os ícones sempre às 16:00 introduzindo, os participantes, ao místério dos ícones.